domingo, 4 de maio de 2014

TULIP - Acróstico Formado pelas Iniciais los Inglés.

Depravação total de de de de (total Depravação)
Eleição Incondicional (Eleição Incondicional)
Expiação Limitada (Expiação Limitada)
Graça Irresistível (Irresistible Grace)
Perseverança dos Santos (Perseverança dos Santos)

T



A Biblia Diz Que Deus CRIOU O Homem Primeiro, Adão, à Sua Imagem e Semelhança. Deus fez hum pacto com ESSE FIM de hum Homem Que, atraves de obediencia da EAO mandamentos SEUs, Este pudesse obter Vida. Contudo, O Homem falhou desobedecendo a Deus deliberadamente, Fazendo USO Fazer Seu livre-arbítrio, rebelando-se contra o Seu Criador. Este Pecado inicial de desobediência (conhecido Como a Queda Fazer Homem) resultou los morte Espiritual e Ruptura na LigAção de SUA alma com Deus, o Que Mais Tarde Trouxe também SUA morte Física. Sendo Adão o Representante de Toda a Raça Humana, Todos caímos com Elementos e fomos afetados Pela MESMA Corrupção do Pecado. Tornamo-SOE Objetos da justa ira de Deus ea morte Passou hum de Todos os homens.Toda a Humanidade herdou a culpa do Pecado de Adão e POR ISSO Todos nascemos Totalmente depravados e espiritualmente Mortos. Uma morte Espiritual Localidade: Não Quer DiZer Opaco o Espírito Humano esteja inativo, mas sim Opaco O Homem E culpado (TEM UM Passado manchado) e corrupto (Possui UMA Natureza MA). Um total de de de de de de depravação de Localidade: Não Quer DiZer Opaco OS Homens São maus intensivamente (Que Somos Tão maus Quanto poderíamos ser), mas sim Opaco Somos extensivamente maus (TODO O Nosso ser, intelecto, Emoções e Vontade o Estação corrompidos Pelo Pecado). Uma depravação significa Totais de também Que o Homem possui UMA inabilidade Parágrafo Totais de Restaurar o relacionamento com Seu Criador. Por Causa da depravação, o Homem Natural, POR si MESMO, E Totalmente incapaz de CRER verdadeiramente los Deus. Ó pecador ESTA Morto, Cego e surdo Pará Como Coisas espirituais. De UMA Queda O Homem Perdeu o Seu livre-arbítrio e Passou hum Ser escravo de SUA Natureza corrompida e POR ISSO Elemento E incapaz de escolher o Bem los questões espirituais. Todas. Como Falsas Religiões São Tentativas Fazer Homem de Construir Para Si hum deus Que LHE SEJA Propício porem, Todas essas Tentativas erram o Alvo, POIs O Homem si POR Naturais MESMO Localidade: Não Quer buscar o verdadeiro Deus.Devido AO Estado de depravação Fazer Homem, se Deus Localidade: Não tomasse UMA Iniciativa de Salvá-lo, Elemento Morto continuaria eternamente. . Naturais O Homem SEM o Conhecimento de Deus jamais chegará Este Conhecimento se Deus Localidade: Localidade: Não espiritualmente ressuscitá-lo atraves de Jesus Cristo Referencias Bíblicas: Gn 2:17; Gn 6:5; Gn 8:21 / 1RS 08:46 / Jo 14:04 / Sl 51:5 / Sl 58:3 / Ec 7:20 Is 64:6 / Jr 4:22; Jr 9:5-6; Jr 13:23; Jr 17:09 / Jo 3:3; Jo 3:19; Jo 3:36, Jo 5:42; Jo 8:43,44 / Rm 3:10-11; Rm 5:12; Rm 7:18, 23; Rm 8:07 / 1 Coríntios 2:14 / 2Co 4:04 / Ef 2:03 / Ef 4:18 / 2Tm 2:25-26 / 2Tm 3:02 - 4 / Tt 1:15 


U


Devido AO Pecado de Adão, Descendentes SEUS Entram No Mundo Como pecadores culpados e Perdidos. Caídas Como Criaturas, ELAS nao tem Desejo de Ter Comunhão com o Seu Criador. E Deus santo, justo e bom, AO Passo Que OS Homens São pecaminosos, perversos e corruptos. Deixados hum SUA ESCOLHA Própria, Os Homens inevitavelmente seguem Seu Coração e corrupto. CRIAM ídolos Parágrafo si consequentemente, Os Homens TEM SE Desligado do Senhor dos CEUs e perdido TEM TODOS OS DIREITOS de Seu Amor e favor. Teria Sido perfeitamente justo par Deus ter deixado de Todos os Homens los SEUS Pecados e Miseria e Localidade: Não ter Misericórdia demonstrado hum QUEM Quer Que SEJA. Neste Contexto Opaco E UMA Biblia apresenta UMA eleição.A eleição significa incondicional Que Deus, Como OS Antes da Fundação do Mundo, Os escolheu certos indivíduos dentre de Todos os Membros decaídos da Raça Humana E predestinou Parágrafo Serem o Objeto de Seu imerecido de amor e de trazê-los Pará AO Conhecimento de Si MESMO. Esses, e somente sos, Deus propos SALVAR da Condenação eterna. Deus poderia TER escolhido SALVAR Homens de Todos os (PIs de He tinha o Poder ea Autoridade Parágrafo Fazer ISSO), UO Ele. poderia ter escolhido Localidade: Não SALVAR Ninguem (PIs de He nao tem a obrigação de mostrar a quem de de de de de de Misericórdia Quer Que SEJA), porem Localidade:. Localidade: Não FEZ UMA Coisa NEM outra Inves Fazer Ao Disso, de Ele. escolheu SALVAR alguns e excluir (preterir) OUTROS. Suá eterna ESCOLHA de determinados pecadores Parágrafo UMA Salvação Localidade: Não FOI baseada em Qualquer ato UO RESPOSTA Prevista da Parte daqueles escolhidos, mas FOI baseada Tão somente Localidade: Não Seu beneplácito e na Suá Soberana Vontade. Desta forma, a eleição Localidade: Não FOI NEM POR condicionada determinada QUALQUÉR Coisa Que da de da de da OS HOMENS iriam Fazer, Mas resultou inteiramente Fazer Propósito Determinado Pelo Proprio Deus.Os Opaco Localidade: Não FORAM escolhidos preteridos FORAM. e deixados Como SUAS Próprias inclinações e más Escolhas Parágrafo Serem Punidos Pelos SEUS Pecados Localidade: Não cabe à Criatura questionar a Justiça Fazer Criador POR Localidade: Não escolher hum par Todos Salvação. DEVE-SE ter los Mente Que, se Deus Localidade: Não tivesse graciosamente escolhido hum Povo Para Si MESMO e soberanamente Determinado prover-LHE e aplicar-LHE a Salvação, ninguem salva-Séria. Referencias Bíblicas: Dt 04:37; Dt 7:7-8 / Pv 16:04 / Mt 11:25, Mt 20:15-16; Mt 22:14 / Mc 4:11-12 Jo 6:37; Jo 6:65; Jo 12:39-40; Jo 15:16 / At 5:31; AS 13:48; Localidade: Não 22:14-15 / Rm 2:04; Rm 8:29-30; Rm 9:11-12; Rm 9:22-23; Rm 11:05; Rm 11:8-10 / Ef 1 :4-5; Ef 2:9-10 / 1Ts 1:4; 1TS 5:09 / 2Ts 2:11-12; 2Ts 3:02 / 2Tm 2:10,19 / 1 Pe 2:08 / 2 Pe 2: 12 / Tt 1:01 / 1Jo 4:19 / Jd 1:3-4 / Ap 13:8; Ap 17:17

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Embora Deus tenha resolvido SALVAR Da Condenação hum NUMERO CERTO de Homens, Suá Santidade e Justiça exigem Que o Pecado SEJA punido. . Como OS escolhidos de Deus São pecadores, Uma expiação Completa e Perfeita era necessaria Jesus Cristo, o Filho de Deus Feito Homem, suportou o castigo merecido Pelos pecadores e obteve a Salvação Parágrafo OS SEUS eleitos.A eleição los si Localidade: Não salvou Ninguem; . apenas destacou alguns pecadores Paragrafo a Salvação. Que FORAM OS da escolhidos POR Deus Pai e Filho parágrafos precisavam Dados AO SER redimidos Salvas Serém Para assegurar SUA Redenção, Jesus Cristo Veio ao Mundo e Tomou sobre Si a identificar-Natureza Humana pudesse Opaco Parágrafo se com o SEUS eleitos e Agir Como Seu Representante UO Substituto. Cristo, agindo los Lugar do Seu Povo, guardou perfeitamente a lei de Deus e Dessa forma produziu UMA Justiça Perfeita de qualidades E imputada AOS eleitos UO creditada UMA Enguias NAO Momento los Que São trazidos hum fe Nele. atraves Fazer Opaco Fez Cristo, ESSE Povo E constituído justo Diante de Deus. De Os eleitos São libertos Da Culpa e Condenação gols como Resultado Fazer Opaco Cristo sofreu golos POR ELES. atraves Fazer Seu Sacrifício substitutivo, Jesus sofreu golos golos UMA penalidade dos Pecados dos eleitos e ASSIM removeu a culpa Deles Parágrafo Semper. Por conseguinte, quando Seu Povo E ONUDI a Ele. Pela Fé, é-LHE creditada Perfeita Justiça Pela quali FICAM livres da culpa e Condenação do Pecado. São salvos Localidade: Não Pelo Que fizeram UO Irão Fazer, mas Tão somente Pela Fé na obra redentora de Cristo.A obra redentora de Cristo FOI Definida los Designio e Realização. FOI Parágrafo planejada tornar Completa Satisfação los favor de certos pecadores ESPECÍFICOS e, de Fato, assegurou a Salvação Parágrafo sos indivíduos e Parágrafo Ninguem Mais. Uma Salvação Que Cristo adquiriu Parágrafo o Seu Povo inclui Tudo Que ESTA envolvido Localidade: Não Processo de trazê-los de hum correto relacionamento com Deus hum, dons incluíndo OS da Fé e Fazer Arrependimento. Deus Localidade: Não deixou EAO pecadores a decisão se a obra de Cristo Sera, Sera, Sera UO Localidade:. Localidade: Não Efetiva Pelo contrario, o TODOS aqueles salvos POR QUEM Cristo Morreu Serao infalivelmente. Uma Redenção, portanto, par FOI designada cumprir o Propósito divino da eleição. REFERÊNCIAS Bíblicas: 1Sm 03:14 / Is 53:11-12 / Mt 1:21; Mt 20:28; Mt 26:28 / Jo 10:14-15 / Jo 11:50-53; Jo 15:13; Jo 17:6,9,10 / At 20:28 / Rm 5:15 / Ef 5:25 / Tt 3:05 / Hb 9:28 / Ap 5:09

I

Joe Cada Membro da Trindade divina - Pai, Filho e Espírito Santo - participação e contribui par a Salvação dos pecadores eleitos. Deus Pai, Antes da Fundação do Mundo, selecionou aqueles Que da iriam servi salvos e DEU-os AO Filho parágrafo Serem o Seu Povo. Na Época oportuna o Filho Veio ao Mundo e assegurou a Redenção Desse Povo. Mas cessos Dois Grandes atos - a eleição ea Redenção - Localidade: Não completam a obra da Salvação, POIs ESTA incluida nenhum plano divino de para a Recuperação fazer pecador perdido a obra renovadora do Espírito Santo, Pela quali OS Benefícios da obediencia e da morte de Cristo São aplicados AO eleito. Uma significa that Graça Irresistível UO Eficaz o Espírito Santo Nunca falha los trazer à Salvação aqueles pecadores that He pessoalmente Chama a Cristo. Deus Aplica inevitavelmente uma Salvação um TODO pecador Opaco tencionou SALVAR, e é Sua intenção SALVAR de Todos os eleitos.O Apelo fazer Evangelho estende UMA Chamada à Salvação um TODO Que Ouve uma MENSAGEM. ELE ConVida a Todos Homens OS, Sem Distinção, um Beber da Água da Vida e Viver. Ele. promete Salvação um TODO Opaco se arrepender e CRER. Mas ESSA Chamada Geral externa, estendida igualmente AO eleito e AO Localidade: Não eleito, Nao Trara Pecadores a Cristo. Por que? Homens OS porqué estao, Por Natureza, Mortos los Pecado e debaixo de Seu Poder. ELES São, POR SI mesmos, incapazes de abandonar OS SEUS maus Caminhos e se voltarem a Cristo, parágrafo receber Misericórdia. Nem PODEM NEM e querem Fazer ISSO. Consequentemente, o regenerado Localidade: Não Localidade: Não responder à Chamada Vai fazer Evangelho de para arrepender-se e CRER. Nenhuma QUANTIDADE de ameaças externas UO Promessas Fara hum pecador Cego, surdo, Morto e rebelde se curvar perante Cristo Como Senhor e Olhar somente parágrafo Ele. Para uma Salvação. Tal ato de Fé e Submissão E Contrário a Natureza fazer ISSO homem.Por, o Espírito Santo, parágrafo trazer o eleito de Deus à Salvação, estende-LHE UMA Chamada especial interna los Adição à Chamada externa contida na Mensagem do Evangelho. Atraves Dessa Chamada especial, o Espírito Santo Realiza UMA obra de Graça não pecador Opaco inevitavelmente o Traz um fe los Cristo. A interna operada Mudanca nenhum pecador eleito o Capacita um entendre e CRER na Verdade espiritual.No campo Espiritual, São LHE Dados Olhos para Ver e Ouvidos para Ouvir. O Espírito Santo não CRIA Natureza pecador eleito hum novo Coração e UMA nova. IstoÉ Realizado atraves da Regeneração (novo nascimento), Pela Qual o pecador E Feito Filho de Deus e recebe a Vida Espiritual. Suá Vontade E Renovada atraves Desse Processo, de forma Que o pecador VEM espontaneamente a Cristo POR SUA Própria e Livre ESCOLHA. REFERÊNCIAS Bíblicas: Jr 24:7 / Ez 11:19-20; Ez 36:26-27 / Mt 16:17 / Jo 1:12-13; Jo 5:21; Jo 6:37; Jo 6:44-45 / At 16:14; Às 18:27 / 1Co 4:07 / 2Co 5:17 / Gl 1:15 / Rm 8:30 / Ef 1:19-20 / Cl 2:13 / 2Tm 1:09 / 1Pe 2:9; 1Pe 5:10 / Hb 9:15



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Os eleitos Localidade: Não São apenas redimidos Por Cristo e regenerados Pelo Espírito; enguias São mantidos na Fé Pelo infinito Poder de Deus. De Todos os Que São unidos espiritualmente a Cristo, atraves da Regeneração, estao eternamente Seguros Nele. Nada OS PODE separar fazer eterno e imutável amor de Deus. FORAM predestinados parágrafo a Glória eterna e estao, portanto, assegurados parágrafo o Céu. A perseverança dos santos Localidade: Não significa that Todas como PESSOAS Que professam a Fé Cristã estao garantidas parágrafo o Céu. Somente os Santos - OS Opaco São Separados Pelo a Espírito - E Que perseveram Ate O FIM. OS crentes - São aqueles Que recebem uma Verdadeira e viva Fé los Cristo - OS Que da estao Seguros e salvos Nele. Muitos Opaco professam a Fé Cristã desistem no Meio do Caminho, mas enguias Localidade: Não desistem da Graça, estiveram POIs Nunca na Graça. A perseverança dos santos ESTA diretamente ligada à santificação, Opaco E o Processo Pelo Qual o Espírito Santo Torna OS eleitos CADA Vez Mais semelhantes a Jesus Cristo los Tudo o Que FAZEM, Pensam e desejam. A Luta dos crentes contra o Pecado dura Toda a Vida e, como Vezes, ELES PODEM CAIR los tentações e cometer sepulturas Pecados, mas cessos Pecados Localidade: Não OS levam a perder a Salvação UO a afastar-se de Cristo.A biblia Diz Que O Povo de Deus recebe a Vida eterna não Momento los Que Crê. São Guardados Pelo Poder de Deus Mediante a Fé e nada OS PODE separar fazer Seu amor amor. FORAM selados com o Espírito Santo lhes that was dado Como Garantia de SUA Salvação e, desta forma, estao assegurados parágrafo UMA Herança eterna.

REFERÊNCIAS Bíblicas: É 54:10 / Jr 32:40 / Mt 18:14 / Jo 6:39; Jo 6:51; Jo 10:27-29 / Rm 5:8-10; Rm 8:28-32, Rm 8:34-39; Rm 11:29 / Gl 2:20 / Ef 4:30 / Fp 1:06 / Cl 2:14 / 2Ts 3:03 / 2Tm 2:13,19 / Hb 7:25; Hb 10:14 / 1Pe 1:05 / 1Jo 5:18 / Ap 17:14

Declaração de Fé

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Sola Scriptura: Reafirmo a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado. Nego que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a conciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

Solus Christus: Afirmo que nossa salvação é realizada pela obra mediatória do Cristo Jesus. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. Nego que o Evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

Sola Gratia:
 Reafirmo que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, libertando-nos da nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual. Nego que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicos ou estrategias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.

Sola Fide:
 Reafirmo que a justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé e somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de cristo nos é imputado como único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus. Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós, ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene o princípio da sola fide possa ser reconhecida como igreja legitima. 


Soli Deo Gloria: Reafirmo que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente. Nego que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entreterimento, se negligenciarmos o evangelho em nossa pregação, ou se permitimos que o afeiçoamento próprio, a auto estima,e a auto realização se tornem opções alternativas para o evangelho.
Paulo sobre Conhecimento 

W. Gary Crampton 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1


A Confissão de Fé de Westminster começa sua declaração precisa e ordenada do sistema de doutrina ensinado na Bíblia com epistemologia: a teoria do conhecimento. O capítulo 1 da Confissão tem a ver com a fonte de nosso conhecimento: “Da Escritura Sagrada”. Não começa com como sabemos que existe um deus, e então tenta provar que esse deus é o Deus da Escritura. A doutrina de Deus, quando ensinada nos capítulos 2-5, segue após a epistemologia. A questão central tem a ver com como sabemos o que sabemos. Todas as filosofias (ou cosmovisões) começam com um primeiro princípio ou ponto de partida indemonstrável, isto é, um axioma a partir do qual tudo o mais é deduzido. E de acordo com os Puritanos, o ponto de partida axiomático do cristão é que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, 
infalível e inerrante, e ela tem um monopólio sobre a verdade. Paulo está de pleno acordo com essa análise. Seu ponto de partida axiomático é o mesmo daquele dos teólogos de Westminster. De acordo com o apóstolo da Teologia Credal, a Escritura é fundacional. Todos os nossos pensamentos, ensina o apóstolo, devem ser trazidos cativos à Palavra de Deus (2 Coríntios 10:5), que é a (uma parte da) mente de Cristo (1 Coríntios 2:16). 
Tudo do nosso conhecimento deve ser derivado de sessenta e seis livros do Antigo e Novo Testamento. 
Por exemplo, em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo ensina que: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Nesses dois versículos, o apóstolo mantém que a Escritura é totalmente suficiente para equipar completamente a humanidade para realizar “toda boa obra”. Então em 1 Timóteo 6:3-5, Paulo declara que quem “ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade”, está “privado da verdade”, “nada entende”. O que o apóstolo está afirmando aqui é o princípio reformado da sola Scriptura: a total suficiência da Escritura. Como ensinado pela Confissão (1:6): “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente 
declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. 




Fonte: Paul: The Apostle of Creedal Theology, W. Gary 
Crampton, Trinity Foundation, p. 49-51.

Será que esperamos demais desta vida?

 por Luiz Cláudio Simões

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.
Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.
Eclesiastes 12:1-8
A maioria dos cristãos que conhecemos tem pavor da morte, não aceitam doenças que nos levarão ao dia da nossa partida, também temem a velhice como se fosse um castigo e tem medo de tocar neste assunto, mas, por que?

Em uma sociedade que o novo tem muito valor, desde um sapato, passando por um automóvel e por fim chegando as pessoas, ser novo é o que importa...
A salvação da ira de DEUS e a vida eterna já deixaram de ser pilares da mensagem do cristianismo, pois afinal somos educados para não morrer.

Morrer é derrota, pois os vencedores segundo este conceito, vivem sempre para vencer, conquistar, alongar fronteiras, voar mais alto, fazer isso e aquilo mais que ontem, e sempre.

Esperam demais desta vida!
Correm demais atrás do vento, desferem golpes no ar, ajuntam demais em celeiros, perseguem demais a benção, decretam, determinam, exigem, querem restituição do que julgam ter perdido, fazem do reino do céu uma loja de departamentos.

Esperam sempre que o melhor de DEUS ainda esta por vir, esquecendo-se que o MELHOR já veio e seu nome já foi dado entre os homens, JESUS CRISTO.

Esquecem do contentamento, da gratidão, da ação de graças, da alegria da salvação, da simplicidade do Evangelho Verdadeiro.

Acreditam que derrotados são os que sofrem perdas, são alvos de calamidades, dos acidentes, das doenças, dos imprevistos, da pobreza, da escassez, do dia da adversidade, do contratempo, do abandono, da falta de amigos. O pior inimigo que esse tipo de pensamento pode ter é a constatação de que estas coisas acontecem também aos que são fiéis e verdadeiros; aos filhos de DEUS.

Mas que evangelho é este senão o falso, que se alastra como fogo em mato seco, fazendo multiplicar o número dos mais que vencedores desta vida, que acreditam que recebem o bem por seus próprios méritos.

Antes, devemos renovar nossa mente com a Verdade das Escrituras, para que de forma real experimentar a vontade soberana de DEUS com gratidão e alegria, mesmo que seja no dia da adversidade.

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.
Colossenses 3:1-4

Pregação da prosperidade: enganosa e mortífera

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Autor: John Piper
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Quando leio sobre pregação de prosperidade nas igrejas, minha resposta é: “Se não estivesse dentro do Cristianismo, eu não desejaria estar”. Em outras palavras: se essa é a mensagem de Jesus, não, obrigado!

Atrair as pessoas a Cristo prometendo riqueza é tanto enganoso como mortífero. É enganoso porque quando o próprio Jesus nos chamou, ele disse coisas como: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33). E é mortífero porque o desejo de ser rico faz com que as pessoas caiam “na ruína e perdição” (1 Timóteo 6:19). Assim, aqui está o meu apelo aos pregadores do evangelho.

1. Não desenvolva uma filosofia de ministério que torne difícil as pessoas entrar no céu. Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”. Seus discípulos ficaram estupefatos, como muitos no movimento de “prosperidade” deveriam ficar. Assim, Jesus aumentou ainda mais o assombro deles dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Eles responderam em descrença: “Então, quem pode ser salvo?”. Jesus disse: “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Marcos 10:23-27).

Minha pergunta para os pregadores da prosperidade é: Por que você desejaria desenvolver um foco ministerial que torna difícil as pessoas entrar no céu?

2. Não desenvolva uma filosofia de ministério que atice desejos suicidas nas pessoas. Paulo disse: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Timóteo 6:6-10).

Assim, minha pergunta para os pregadores da prosperidade é: Por que você desejaria desenvolver um ministério que encoraja as pessoas a se atormentarem com muitas dores e se afogarem na ruína e perdição?

3. Não desenvolva uma filosofia de ministério que encoraje a vulnerabilidade à traça e à ferrugem. Jesus adverte contra o esforço de ajuntar tesouro na terra. Isto é, ele nos manda ser doadores, e não guardiões. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mateus 6:19).

Sim, todos nós guardamos algo. Mas dada a nossa tendência inerente em todos nós para com a ambição, por que deveríamos tirar o foco de Jesus e invertê-lo totalmente?

4. Não desenvolva uma filosofia de ministério que faça trabalho duro significar acúmulo de riqueza. Paulo disse que não deveríamos roubar. A alternativa era trabalhar duro com as nossas próprias mãos. Mas o propósito principal não era meramente acumular ou mesmo ter. O propósito era “ter para dar”. “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4:28). Isso não é justificação para ser rico a fim de dar mais. É um chamado para fazer mais e acumular menos, para que possa dar mais. Não há razão pela qual uma pessoa que ganha R$ 500.000,00 por ano deva viver diferentemente de uma pessoa que ganha R$ 200.000,00. Descubra um estilo de vida moderado; corte os seus gastos supérfluos; então, dê o restante.

Por que você desejaria encorajar as pessoas a pensar que elas deveriam possuir riqueza para serem um doador generoso? Por que não encorajá-las a manter suas vidas mais simples e serem um doador ainda mais generoso? Isso não adicionaria à generosidade deles um forte testemunho que Cristo, e não as possessões, é o seu tesouro?

5. Não desenvolva uma filosofia de ministério que promova menos fé na promessa de Deus ser para nós o que o dinheiro não pode ser. A razão do escritor aos Hebreus nos mandar estarmos contentes com o que temos é que o oposto implica menos fé nas promessas de Deus. Ele diz: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13:5-6).

Se a Bíblia nos diz que estarmos contentes com o que temos honra a promessa de Deus nunca nos abandonar, por que desejaríamos ensinar as pessoas a desejarem ser ricas?

6. Não desenvolva uma filosofia de ministério que contribua para que o seu povo fique sufocado até a morte. Jesus adverte que a palavra de Deus, que tem o intento de nos dar vida, pode ser sufocada pelas riquezas. Ele diz que isso é como uma semente que cresce entre espinhos, e é sufocada até a morte: “A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer” (Lucas 8:14).

Por que desejaríamos encorajar as pessoas a buscar a própria coisa que Jesus adverte que nos sufocará até a morte?

7. Não desenvolva uma filosofia de ministério que tire o sabor do sal e coloque a candeia debaixo da vasilha.

O que existe nos cristãos que os torna o sal da terra e a luz do mundo? Não é a riqueza! O desejo e a busca por riqueza têm o mesmíssimo sabor e aparência do mundo. Isso não oferece ao mundo nada diferente daquilo que ele já crê. A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser espiritualmente vivificada para abraçá-la; a pessoa precisa ser apenas gananciosa. Ficar rico em nome de Jesus não é ser o sal da terra ou a luz do mundo. Nisso, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo. E se funciona, eles comprarão.

O contexto do discurso de Jesus nos mostra o que é o sal e a terra. Eles são a disposição alegre de sofrer por Cristo. Aqui está o que Jesus disse: "Bemaventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Vós sois o sal da terra…Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:11-14).

O que fará o mundo provar (o sal) e ver (a luz) de Cristo em nós não é que amamos a riqueza da mesma forma que eles o fazem. Antes, será a disposição e a capacidade dos cristãos amarem os outros mesmo durante o sofrimento, enquanto se regozijam porque a recompensa deles está no céu com Jesus. Isso é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural! Mas atrair as pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural. Essa não é a mensagem de Jesus. Ele não morreu para assegurar isso.

Autor: John Piper
Charles Haddon Spurgeon compartilhou uma foto.
Além disso, o texto sugere a plenitude de suficiência com relação ao Senhor Jesus Cristo. Há uma maravilhosa profundidade de significado nesta passagem quando diz, “Homens serão abençoados nEle”. “Oh”! diz alguém, “Os homens serão abençoados pela filosofia, ou por Cristo e filosofia” De jeito algum, é: “Homens serão abençoados nEle”. “Mas eles serão abençoados nEle através de comércio e negócios e afins”. Não é assim: “Homens serão abençoados nEle”. Não temos nós, que temos meio século de idade, ouvido um grande número de teorias sobre como o milênio será trazido? Eu lembro que, em certo tempo, o livre comércio era para trazê-lo, mas não o fez, e nada vai tornar os homens abençoados, a menos que estejam em Cristo: “Homens serão abençoados nEle”. Os charlatães estão chorando por este remédio e, panacéias velhas e novas; mas há apenas um único verdadeiro Médico de almas. Este é o Cristo de Deus que sozinho tem o bálsamo que curará a doença do pecado. Quando Ele é recebido, o mundo deve ser abençoado; mas enquanto Ele é rejeitado, a maldição ainda permanecerá sobre os filhos dos homens. “Homens serão abençoados nEle.” Oh, se nosso semelhante O recebesse! Oh, que eles se curvassem diante do Crucificado, e O confessassem como seu Senhor e Salvador. Oh, que todos olhassem Suas feridas, ainda visíveis na Sua glória, e colocassem sua confiança nEle! Depois, há de vir o tempo glorioso, quando as guerras cessarão até os confins da terra, e todo o mal deverá ser lançado fora. Seu reino inabalável deve então vir.

Oh, este pode vir rapidamente! Mas poderá vir somente através dEle, e não através de outros meios. “Homens serão abençoados nEle”, e qualquer coisa menos do que confiar nEle terminará em fracasso eterno.

Vocês têm observado, queridos amigos, estas duas coisas: a condição singular, e a ampla declaração.

- Charles Haddon Spurgeon

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Sermão Nº 2451, Abençoados nEle, Destinado para ser lido no Dia do Senhor, 9 de Fevereiro de 1896. No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Na noite de do Dia do Senhor, 7 de Fevereiro de 1886.

♦ Tradução: Camila Rebeca Almeida
♦ Revisão: William Teixeira 

Os Arminianos podem ser salvos?

Rev. Ronald Hanko

arminianos-salvos

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / felipe@monergismo.com


Nota do Editor: tenho presenciado muitas opiniões radicais sobre o assunto abordado neste artigo. Não é difícil encontrarmos arminianos que julgam os calvinistas como ‘hereges’, quiçá, como ‘hereges perigosos’ e ‘excomungáveis’. Vivendo em meio ao pentecostalismo, tenho presenciado tal preconceito em alguns momentos durante os últimos anos. De igual modo, também tenho visto, e recebo notícias, de calvinistas que são absolutamente incapazes de conceberem a idéia de que cristãos que professam o arminianismo possa ser verdadeiros salvos.

Tomei a liberdade de publicar este valioso artigo, e de convidar a todos os leitores e visitantes do ‘Olhar Reformado’ a responderem a seguinte questão: ser arminiano, ou ser calvinista, é o que decide o destino eterno das pessoas? Deixe a sua opinião.

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Nossa pergunta para essa edição da revista é: "Alguém que seja teologicamente Arminiano pode ser verdadeiramente salvo?" Essa não é uma questão fácil.

Queremos enfatizar desde o princípio que o Arminianismo é outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho (Gl. 1:6-7). Seu ensino nega a soberania de Deus na salvação e o poder e eficácia da morte de Cristo sobre a cruz (ao ensinar que Cristo morreu por todos, ele ensina que sua morte na verdade não salva ninguém). Ele também nega que a salvação seja pela graça somente com seu ensino com respeito à soberania da vontade humana. Contudo, essas são doutrinas fundamentais da fé cristã.

Não somente isso, mas cremos que o Arminianismo tem se infiltrado em muitas igrejas Reformadas sob o pretexto de um amor de Deus por todos os homens, um desejo da parte de Deus que todos os homens sem exceção sejam salvos, e o ensino de que há dons da graça e benefícios da cruz para todos. Isso apresenta um perigo mortal para as igrejas Reformadas.

Portanto, concordamos com a seguinte citação: "A falsa doutrina é pior quando aparece sob o envólucro da verdade, quando cita a Escritura, e canta Amazing Grace [Graça Maravilhosa]. Satanás sempre é mais eficaz ao se opor à verdade quando o faz em nome de Cristo. Nunca houve uma manifestação mais sutil da falsa doutrina do que aquela que afirma todas as ‘verdades’ da fé cristã sobre a base do esforço humano, do mérito das obras, da fé prevista ou do ‘livre-arbítrio’. Afirmar a graça sobre a condição das obras é a perversão extrema. É A Mentira" (John K. Pederson, Sincerity Meets the Truth, pp. v, vi).

Mas isso significa que aqueles que defendem o livre-arbítrio e outros ensinos do Arminianismo não podem e não são salvos? Não cremos nisso. Mesmo aqui, contudo, desejamos ser muito cuidadosos em nossa resposta. Insistiríamos que uma pessoa que verdadeira e consistentemente crê que ela é salva por sua própria boa vontade e esforço, contrariamente a Romanos 9:16, não pode ser salva; ela negou o próprio cerne do evangelho.

O ensino que o homem é salvo por seu próprio esforço é de Roma; o ensino de que ele é salvo por sua boa vontade e disposição é do Protestantismo apóstata; porém, na verdade eles não são diferentes. Esse ensino, de acordo com Romanos 10:1-4, é uma ignorância e recusa em se submeter à justiça de Deus, deixando a pessoa em necessidade de salvação. Através de sua ênfase sobre a vontade e as obras, um Arminiano consistente se separa de Cristo (Gl. 5:4).

Todavia, muitas pessoas confessam inconsistentemente tanto a graça como as obras. Elas atribuem sua salvação totalmente à graça de Deus, e ainda falam de ter escolhido a Cristo, de ter livre-arbítrio, e de Deus ser dependente na salvação da escolha feita por eles, mediante o livre-arbítrio. Eles agradecem a DEUS pela sua salvação e ainda falam como se fossem aqueles que fizeram as escolhas decisivas.

Frequentemente isso é culpa do ensino que receberam – ensino que fala de duas formas. Ele é um ensino que afirma a graça sobre a base das obras e do livre-arbítrio. Aqueles que ensinam tais coisas têm uma culpa maior. Todavia, aqueles que pensam dessa forma, embora possam ser salvos, também precisam perceber que eles não crêem na verdade, e precisam se arrepender disso.

Assim também, como o autor citado acima diz: "Precisamos ficar grandemente envergonhados de nós mesmos por nossa amizade tolerante com a doutrina da soberania humana que reside no âmago podre do evangelicalismo, e, por causa disso, da nossa indiferença sossegada, que é um testemunho da nossa covardia." A graça salva, não o livre-arbítrio e as obras.
Fonte (original): Covenant Reformed News, Vol. 6, nº. 2.

A propósito do Dia do Trabalho...

TRABALHO - BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?
O trabalho não é a maldição:
1. Em Gn 1.26-28 Deus comissiona a raça humana a "dominar a terra e sujeitá-la". Logicamente isso envolve a penetração em todas as áreas de conhecimento, em todas as ciências, etc. Isso, que chamamos de "mandato cultural" implica em "trabalho", no sentido de aplicação de tempo em uma tarefa, em uma vocação, em um interesse, ou em uma obrigação recebida por delegação. Se o trabalho precede a queda, não pode ser "maldição". Essa é a âncora exegética que legitima o envolvimento do servo de Deus em todas as áreas do conhecimento, como delegação de Deus e não o fazendo um "cristão de segunda categoria" por não estar envolvido "tempo integral" no serviço cristão. Se ele penetra nas esferas do saber para a glória de Deus, está debaixo de sua vontade prescritiva.
2. Adão recebeu de Deus - antes da queda - a tarefa de nomear (o que, provavelmente, implica em classificar e catalogar, no sentido zoológico) o reino animal. Isso é, em toda expressão da palavra, "trabalho", e não era uma maldição mas um preenchimento natural das finalidades do homem.
3. A mulher foi criada antes da queda como auxiliadora, na esfera da família. Menção específica é feita, nas Escrituras, de que ela foi tirada do lado de Adão, não existindo qualquer inferioridade intrínseca advinda da criação, se bem que há uma ordenação funcional que procede do ato criativo. Mas a questão é: ela iria "auxiliar" em que, ou no que - se trabalho fosse uma maldição? A humanidade, pré-queda seria somente diversão? Nenhuma função utilitária? Certamente que não é essa a visão ou ensino das Escrituras. Em um mundo perfeito, sem maldição, havia trabalho, envolvimento físico e intelectual na criação, ainda que sem pecado.
4. Com a queda, o trabalho deixa de ser apenas prazeroso, ou algo simplesmente agradável. Passa a ser penoso, duro, extenuante. Mas nem por isso o "mandato cultural é revogado". A procriação e o nascimento de filhos, na queda, não virou maldição, mas a maldição do pecado se retrata no fato de que o "dar à luz" passa a ser realizado com dores e grande esforço. Semelhantemente, não é o trabalho que é maldição, mas o seu realizar que nem sempre ocorre da forma como gostaríamos nem é tão fácil como seria o nosso desejar.
5. Assim, se antes da queda, possivelmente, o envolvimento com os aspectos e a diversidade da criação, seria algo indolor e que traria só contentamento, depois da queda, estamos sujeitos a estruturas que não procuramos, patrões que não desejamos, áreas às quais não estamos bem encaixados ou sequer apropriadamente treinados. Nem sempre recebemos reconhecimento, por vezes somos injustiçados; o ambiente de trabalho, em várias situações, não reflete a busca da glorificação a Deus, mas a sujeira do mundo - palavrões, blasfêmias, ridicularização da devoção e piedade genuínas; o ambiente é, normalmente, de desonestidade e por vezes somos uma peça em uma grande máquina que opera desonestamente em muitos sentidos. Esse é o aspecto da maldição - mas ela é a maldição do pecado e não do trabalho.
6. Numa ocasião, há muitos anos, eu estava descontente com meu trabalho e ansiava por uma coisa diferente. Vi um anúncio da hoje extinta TransBrasil (na época estava no auge) no qual um de seus comandantes de jato dizia o seguinte: "na TransBrasil faço parte daqueles poucos privilegiados que trabalham exatamente naquilo que gostam de fazer". Fiquei meditando naquilo e na realidade que expressava - realmente, só uma pequena minoria consegue "trabalhar no que gosta de fazer" (coitado do comandante, hoje nem TransBrasil existe mais...). Concluí: por que eu teria que ser um desses privilegiados? Poderia ser que Deus procurava me ensinar exatamente abnegação, concentração nele, confiança maior em seus propósitos, ou algo assim, mantendo-me em uma ocupação que em todos os seus aspectos não me dava qualquer prazer, mas somente canseira, enfado e conflitos. Por que haveria de ser diferente comigo, em um mundo submerso em pecado. Quantos engenheiros não estão consertando carros? Quantos médicos não estão vendendo equipamentos cirúrgicos? Quantos advogados não estão sendo meros auxiliares de escritório? Quantos bancários não estão dirigindo táxis? Quantos motoristas, não estão vendendo algo nas ruas, para sobreviver? Acho que essa é a situação da esmagadora maioria - trabalham no que não têm prazer. Não obstante, devemos considerar o trabalho uma benção de Deus (e não uma maldição) e seguir 2 Tess 3.12 onde Paulo exorta a que "tranquilamente trabalhando" comamos o nosso pão. Se, na providência divina, conseguirmos conjugar o trabalho com o prazer e interesse pessoal, será uma bênção redobrada. E lembremo-nos que nos Dez Mandamentos, Deus comanda: "Seis dias trabalharás...".
Feliz dia do TRABALHO!